Queria que meu coração batesse mais forte,
mas não de emoção.
Sentir de novo a sensação quase orgásmica
de amar e ser amado em troca.
Já faz tempo que pude servir de cobaia da paixão.
Permitir que ela fizesse, pelo menos em mim, a sua primeira experiência.
Deixei que ela colocasse todo tipo de sentimento que, quando misturados, provocam um efeito colateral sem igual. São eles:
Primeiro, se pegar pensando na pessoa amada em toda atividade que pratica: Quando acorda, quando escova os dentes, quando amarra o cadarço do tênis quando vai trabalhar, quando vai trabalhar, quando passa o cartão de ponto no trabalho, durante o trabalho, quando vai pegar um copo d'água no trabalho, quando almoça no trabalho, quando volta do trabalho, quando janta em casa, quando vai dormir e nem durante o sono, quando sonha, pára de pensar na mesma pessoa, e se pega, no outro dia quando acorda, pensando nela de novo.
Segundo, a sensação de querer a pessoa amada do seu lado o tempo todo, junto, grudado, olhando pro rosto que foi invadido por uma espinha que teima em não sair dele.
O terceiro efeito tem a ver com o segundo. É que apesar de querer tê-la do seu lado o tempo todo, você sente extremo desconforto quando percebe que o ser amado entrou no mesmo recinto que você está.
Quarto, o rubor da face e o emudecimento emocional quando este ser amado troca algumas míseras palavras com você.
Quinto, a confusão cerebral que a paixão provoca, te faz inverter essas míseras palavras em algo que você sonha em ouvir.
Um exemplo:
Basta ela chegar perto de ti e dizer: "Oi!", e o seu cerébro, inundado de uma das substâncias que a paixão lhe injeta, interpreta esse "Oi" como: "Tô gostando de você, sabia?"
O mais interssante é que logo depois, este mesmo cérebro, provavelmente depois da substância ter diminuído os efeitos, começa a negar que ela esteja realmente gostando de você. "Não, não, não. Eu tô pensando demais! Ela só me disse "Oi"... Não, não, não. Ela foi só gentil comigo." - Você começa a pensar.
E depois de alguns "Ois" sucedidos, você vooooolta novamente achar que ela RE-AL-MEN-TE está gostando de você.
Tolo! Mas não é culpa sua não. São apenas os efeitos colaterais da paixão, lembra?
Mal você imagina que, na verdade, ela tem dito esse mesmo "Oi" para um outro garoto que você sequer conhece.
E é justamente nesse momento qua a paixão dá seu golpe final.
O pior do efeitos, o mais devastador de todos.
É quando você vê a sua paixão ao lado da paixão que ela escolheu. E não é você o escolhido. Dói. Muito.
Mas é bom saber que é essa dor que te cura dos efeitos colaterais que tomaram conta de você. Uma dor que cura outra dor.
Uma injeção nas nádegas dói, mas te livra da gripe. Outra dor.
Um trecho de uma música diz: "Dai-me outra cor. Dai-me um amor. Dai-me outra dor."
Amar não é sofrer. Mas não pense que não irá sofrer quando se ama.
obs: Desculpe finalizar com uma frase clichê. Mas, o amor não é assim?
domingo, 25 de julho de 2010
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- Thiago.Araujo
- Sou aquilo que os outros dizem quem sou. Afinal, acreditam mais neles que em mim.
1 comentários:
Puxa, puxa que puxa....
Se algo me emociona tanto quanto os seus textos eu não sei o que é!.
Todos os Parabéns para vc!!
Precisa divulgar mais o seu Blog.. O mundo precisa conhecer vc e os seus textos!
Te amo , bjo
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