quinta-feira, 17 de outubro de 2013

À Solo Seco

A chuva caiu cedo e o cheiro de terra invadiu minha casa.
Lá longe, ouço o som da zabumba batendo forte.
É fulano, agradecendo feliz aos céus do Senhor pelo choro de Deus.
Amanhã tem feijão na mesa, tem comida no prato.
Meu Deus... é muita bondade tua!
O Vento grosso e forte denuncia que a chuva é passageira.
Mas que venha.
Sacode o varal, quase leva embora meu teto de palha seca.
Meus olhos se enchem de lágrimas agradecidas.
É Deus abençoando minhas mãos, meus calos, meu suor.
É Deus alimentando minha mulher, meus filhos e minha fé.
Cai chuva, e não vá embora.
Desce suave pelo meu terreno, refresca o dia.
Porque eu só saio da janela quando você passar.

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Sou aquilo que os outros dizem quem sou. Afinal, acreditam mais neles que em mim.