Andava cabisbaixo evitando olhar as faces que me cercavam.
Tentando, por vezes em vão, não te reconhecer nos rostos de outras pessoas.
Outro tempo te vi no mesmo vagão que eu.E como nos outros tempos, fiquei sem ar.Que ódio! Não havia porquê ficar assim . Ou havia?
Agora ando cabisbaixo por medo.Medo de que de tanto te procurar sem achar,perceber que qualquer outro olor impregnado num pescoço delicado e alheio me faça sumir tua lembrança.
Não sei se vou suportar a ideia de perceber que sou suficientemente capaz de me apaixonar por outras pernas que não as suas.
A utopia de que você pode não fazer parte da minha vida.
Compreender que o ar que antes me faltava nos pulmões quando te via, hoje sobra no peito, reservado para se rarear ao notar outro alguém.
Decidi rasgar do dicionário todas as palavras que começam com teu nome.
Já não me lembro dele.Não sonho contigo. Nem te percebo mais.
São nas pequenas coisas que faço no meu cotidiano medíocre e solitário, onde não me recordo de você, que consigo auto-afirmar que agora sim, acabou.
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Quem sou eu
- Thiago.Araujo
- Sou aquilo que os outros dizem quem sou. Afinal, acreditam mais neles que em mim.
1 comentários:
Oi =)
Lindo texto!!!! É verdadeiro?
Bejos
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