sexta-feira, 23 de abril de 2010

Her

Quando vejo ela aparecer de longe
meu peito fica pequeno, apertado.
Talvez porque o coração se enche e não cabe dentro de mim.
Tudo ao meu redor fica branco neve.
Ninguém está por perto. Ninguém.
Vem balançando.
O vento que sopra
parece levar de propósito os fios de seu cabelo
para entre os lábios úmidos.
só pra ver o seu braço se levantar
e guiar a mão direita aos mesmos lábios
e retirar dele o fio que foi parar ali sem ser chamado.

O vestido estampado também se movimenta em ondas
e tocam suas pernas que o sol parece não conseguir queimar
mas deixa nelas o seu brilho.
Ela chega mais perto
e toda a sensação de início se repete numa escala muito maior.
O peito aperta mais, o coração já parece estar fora dele.

E o sorriso... ah... o sorriso.
Desse não posso descrever.
É o cartão de visitas de seu corpo.
Que como um bom anfitrião
parece convidar-me a provar dele.
Mas não provo.
Não porque não queira.
É porque não posso.
só por isso.

Essa é ela.
É ela.

1 comentários:

Eyka disse...

Oie Migo!!

Nossa :O que poema magnífico! Vc é um escritor. Nasceu para isso.
Não deixe esse dom dormir.

Bjokas, Te mamo.

Eyka.

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Sou aquilo que os outros dizem quem sou. Afinal, acreditam mais neles que em mim.