quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amnésia


"Algum dia Avellaneda me esquecerá assim? Eis o mistério: antes de começar a esquecer, ela tem de lembrar, de começar a lembrar." (Trecho do livro "A trégua", de Mario Benedetti)

A maior máquina não fabricada que existe, o cérebro, por vezes, pifa. falha.
É uma pena às vezes, quando percebemos que esquecemos algo que nos era muito importante:
A camisa branca preferida, 'o dinheiro que eu guardei', o rosto de alguém que já se foi há um bom tempo.

Mas esquecer é como uma peça das muitas de um quebra cabeça. É mais uma carta de baralho que sintetiza a jogada. Um dos dedos da mão.

Quando questionamos: "lembra de mim?", não se decepcione se ouve: "Esqueci, desculpe." Pois o esquecimento é prova de uma outrora lembrança.

Lógico que é mais fácil compreender quando nós nos esquecemos de alguém do que quando nos esquecem.
É mais cômodo dizer que ouvir.

Esquecer faz parte da nossa memória. Se esquecemos de algo é porque algum dia ele fez parte de nós. Da nossa vida. Não esquecemos algo de que (ou quem) sequer lembramos. Esquecer faz parte do processo de lembrar. Paulatinamente nossa lembrança se esvanece.

A amnésia também pode fazer parte da memória, assim como uma separação também faz parte de uma história de amor.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Foi muito bom...


Foi bom viajar,
ver tudo do alto.
Olhar pro mar e terra e ver tudo pequenininho.
Desejar que deste tamanho também fossem meus problemas.
Foi bom descer em terra firme, sentir tanto calor de molhar a camisa.
Sentir o cheiro da praia, pegar um bronze, matar de inveja o pessoal do trampo.
Foi bom rever os parentes, velhos amigos. Fazer novos amigos, que se tornarão também velhos amigos novos.
Foi bom me fazer chorar e relembrar.
Passar por pontes, viadutos, rir, contar piada, rir de novo. Rir de tudo um pouco.
Foi bom relaxar o corpo, a mente, a vista.
Aliás, a vista talvez tenha sido a única que não descansou de tanto trabalhar
em ver tudo bonito.
Foi bom tirar férias. Curtas,sim. Mas muito boas.
Talvez só não tenha sido bom voltar. Mas isso a gente deixa pra lá...

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Sou aquilo que os outros dizem quem sou. Afinal, acreditam mais neles que em mim.